
Te amo, Vida, líquida esteira onde me deito
Romã baba alcaçuz, teu trançado rosado
Salpicado de negro, de doçuras e iras.
Te amo, Líquida, descendo escorrida
Pela víscera, e assim esquecendo
Fomes
País
O riso solto
A dentadura etérea
Bola
Miséria.
Bebendo, Vida, invento casa, comida
E um Mais que se agiganta, um Mais
Conquistando um fulcro potente na garganta
Um látego, uma chama, um canto. Amo-me.
Embriagada. Interdita. Ama-me. Sou menos
Quando não sou líquida.
(Alcoólicas - V)
Hilda Hilst
Extremamente forte esse poema..e belo.
ResponderExcluirbeijão
Olá, seu blog é muito interessante!
ResponderExcluirParabéns!!!
Oi amora!!
ResponderExcluirA gloriosa Hilda, bela homenagem!!
essa sangrava escrevendo,
palavras cortantes como navalha,
é arrebatador!
bjs!
Que blog bonito...
ResponderExcluirAdorei seu cantinho!
Bom findi!
Gostei!! :D
ResponderExcluirRimas fortes...
Belo blog..
Bjo
...nossaaa!
ResponderExcluirhá tempos não encontrava Hilda Hilst
por aqui na blogsfera.
parabéns pela lembrança.
bjusss
Olá.
ResponderExcluirNunca te vi e nunca te amei.
Mas não sei porque deu vontade de te escrever, que a sensação que o texto passa, é que quando vc não é líquida, é de marfim.
Parabéns pelo texto.
já tenho lesadosemgeral
ResponderExcluirEu nunca te ví nem senti,mas posso te amar
Beijo