quarta-feira, 28 de abril de 2010

Campo Branco

O poema que irei postar hoje, na verdade, é a letra de uma linda cantiga do cantador sertanez Elomar Figueira Mello.  O nome é Campo Branco e mostra um homem da roça falando ao campo compartilhando suas dores.

Mas antes de postar a letra dessa linda cantiga, eu gostaria de compartilhar uma pequena frustração que eu tenho toda vez que venho postar aqui. Naturalmente eu quero deixar aqui os poemas que eu mais aprecio. Aqueles que mais me fazem viajar ou que me arrepiam, então sempre eu quero postar o poema que eu gosto acima de qualquer um e então eu percebo que eu já postei Ismália de Alphonsus de Guimaraens. Como são as coisas, não?

Agora, sim, eis aí um dos poemas mais belos do menestrel Elomar.

Campo branco minhas penas que pena secou
Todo o bem qui nóis tinha era a chuva era o amor
Num tem nda não nóis dois vai penano assim
Campo lindo ai qui tempo ruim
Tu sem chuva e a tristeza em mim
Peço a Deus a meu Deus grande Deus de Abrãao
Prá arrancar as pena do meu coração
Dessa terra sêca in ança e aflição
Todo bem é de Deus qui vem
Quem tem bem lôva a Deus seu bem
Quem não tem pede a Deus qui vem
Pela sombra do vale do ri Gavião
Os rebanhos esperam a trovoada chover
Num tem nada não tembém no meu coração
Vô ter relampo e trovão
Minh'alma vai florescer
Quando a amada a esperada trovoada chegá
Iantes da quadra as marrã vão tê
Sei qui inda vô vê marrã parí sem querer
Amanhã no amanhecer
Tardã mais sei qui vô ter
Meu dia inda vai nascer
E esse tempo da vinda tá perto de vin
Sete casca aruêra cantaram prá mim
Tatarena vai rodá vai botá fulô
Marela de u'a veis só
Prá ela de u'a veis só

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